REFLEXOS DE EXISTÊNCIA
Quando as luzes se apagam,
encontro-me rodeado
por espelhos que se propagam
pelo vazio repousado.
Todos eles mostram
imagens deveras semelhantes,
em presenças exasperantes.
São pedaços da realidade
que à unidade pretendem ascender.
Nelas vejo a descontente felicidade,
a euforia proibida,
a tristeza num último suspiro,
a raiva reprimida.
Todas na sua prisão cristalina,
que as confina
ao desejo de subir
à superfície que divide
o seu existir.
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